Apesar do cenário econômico e político desfavorável vivido hoje pelo país, o economista Fábio Silveira recomenda aos produtores começaram a comprar insumos para a próxima safra. Ele afirma que, com a volatilidade do dólar, a negociação intercalada é a melhor saída para o agricultor.
Silveira acredita que, nos próximos meses, o produtor rural pode aproveitar para, pelo menos, comprar parte dos insumos necessários. Ele afirma que existem projeções indicando uma relação de preço mais positiva ao agricultor.
“Mas é uma previsão, uma estimativa. Hoje temos certeza de que a relação de troca no começo de 2016 é melhor do que a vigente alguns meses atrás”, diz o economista.
Defensivos
As vendas de defensivos agrícolas caíram mais de 20% no Brasil no ano passado, contra uma retração de 9,8% no mercado mundial. A queda mais elevada no setor nacional é devida, em primeiro lugar, à grande desvalorização do real, de acordo com a vice-presidente executia do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Silvia de Toledo Fagnani.
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Outro fator, segundo ela, é a dificuldade de acesso ao crédito. Segundo ela, o crescimento de infestações de lagartas e insetos tem estimulado o contrabando de produtos provenientes do Paraguai.
Os inseticidas ainda são os defensivos mais comercializados no Brasil, representam 32,5% nas vendas, seguido de herbicidas e fungicidas. Mato Grosso lidera o ranking dos maiores consumidores de agroquimicos (23%), seguido por São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (cada um com 13%).
A soja permanece como a cultura com maior demanda: 52% dos produtos vão para áreas da oleaginosa. Depois dela, vêm cana-de-açúcar (10%), milho (10%) e algodão (7%).
