A partir das recentes declarações do candidato à presidência dos Estados Unidos Joe Biden sobre a preservação da Amazônia, a agroindústria no Brasil tem uma nova “força” contra a sua imagem. A afirmação é do professor de economia da Universidade Federal de São Paulo (USP) Celso Grisi.
“Além da comunidade europeia, que vem ameaçando o acordo com o Mercosul, temos agora o Biden dizendo claramente que caso o país não adote essa linha de preservação, sofrerá sanções. Não há mais saída, a agroindústria precisa de atitude para não sofrer consequências econômicas”, afirma o professor.
De acordo com ele, as empresas precisam focar em programas que deixem claro a preservação com as regras ambientais. Nesse sentido, algumas iniciativas que olham nessa direção já estão em andamento no país. “As recentes ações anunciadas por JBS e Marfrig são exemplos que devem ser seguidos. Como o governo terá dificuldade em reverter essa imagem negativa que está sendo divulgada lá fora, a indústria precisa se mostrar solidária ao meio ambiente”, ressalta Grisi.
Na avaliação do professor, mesmo que o Brasil venha a sofrer qualquer tipo de sanção por questões ambientais, as empresas que assumiram esse compromisso previamente não deverão ser afetadas por medidas restritivas.
“Nesse momento é preciso uma atitude defensiva por parte do agricultor e da indústria. Só assim seguiremos obtendo sucessos nas exportações do setor”, completa o professor da USP.