Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Agronegócio quer diminuir número de ações trabalhistas

Mudança nas leis do trabalho, que passam a valer em novembro, estimulariam competitividade da economia e reduziriam custos produtivos, afirmam lideranças

Fonte: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

O agronegócio brasileiro já começa a se preparar para as mudanças na legislação trabalhista, que passam a valer a partir de novembro. O desafio, segundo lideranças do setor, está em diminuir o número de ações trabalhistas. A mudança na lei foi um dos temas do 16º Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado nesta segunda-feira, dia 7, em São Paulo.

De acordo com o ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto, ainda é cedo para avaliar o alcance e as consequências da reforma. “Dentro de um ano, imaginamos que ela traga os resultados que seus autores almejaram, que realmente tudo corra muito bem, mesmo porque o atraso do Brasil é muito grande, e ele tem que recuperar o tempo perdido”, diz.

Pazzianoto afirma ainda que, acima de tudo, é necessário criar uma política que diminua o número de ações trabalhistas no país. “Trata-se de estabelecer uma relação civilizada entre capital e trabalho, o que é dificultado pela legislação vigente, que provoca uma intensa judicialização das relações de trabalho”, diz, completando que é preciso procurar resolver os conflitos direta ou coletivamente entre as partes.

“Dentro do agronegócio, o empresário tem que fazer uma revisão das suas contratações, examinar o que conflita com a lei nova ou não, e aí ter uma maior aproximação do seu sindicato e trabalhadores, negociar as condições de trabalho locais, entender as peculiaridades”, afirma o advogado trabalhista e professor da Fundação Getúlio Vargas Sólon de Almeida Cunha.

Para representantes do setor agropecuário, discutir a importância da modernização das relações de trabalho no campo é fundamental para estimular a competitividade da economia e reduzir custos da cadeia produtiva. Mas existe o receio de que as mudanças aprovadas não sejam definitivas. Para o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, a principal preocupação é que haja recuo em relação ao fim da contribuição sindical. “É nosso temor que ponto as negociações políticas possam influenciar negativamente na mudança do sistema trabalhista”.

Sair da versão mobile