O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aumentou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário em 2020, de 1,6% para 1,9%. Para o ano de 2021, o Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea reduziu a projeção de crescimento do PIB Agropecuário, de uma elevação de 2,4% para 2,1%.
Para o comentarista Alexandre Garcia, os números comprovam a força do setor e a importância do campo em um momento de crise. Para ele, no entanto, é preciso ficar atento à 2021, um ano que promete ser muito duro quando se fala em ajustes fiscais.
“A conta começará a ser paga no ano que vem. Nesse ano fizemos uma legislação de emergência com o dinheiro público, que apareceu, mas a conta tem que ser paga. Foi além dos limites porque o Congresso autorizou isso e Esse é o grande desafio da comissão de orçamento. Tem que haver cortes e não haverá saída. A pergunta que podemos fazer é: vai atingir Embrapa? Pesquisas? Sanidade? Seguros? A resposta é que ainda não se sabe”, disse.
Para Garcia, compete à mobilização dos representantes do setor na Câmara e no Senado para que o agro, “que tanto contribui para o PIB brasileiro não seja tão atingido pelos cortes que serão feitos”.