A Câmara de Comércio Exterior vai votar nesta sexta-feira, 16, o pedido para retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) que incide sobre produtos importados de fora do Mercosul. Já retirada para o arroz, a expectativa é que sejam isentados também soja e milho.
Na avaliação do comentarista Alexandre Garcia, a realidade do Brasil mudou e com ela, neste novo momento, também a política econômica e de mercado. “Nos anos 1970 falávamos muito em estoques reguladores, pois ainda éramos uma economia periférica, principalmente na produção de alimentos e esse estoque significava uma segurança interna. Hoje, somos protagonistas no mercado internacional de alimentos, de produtos agrícolas e pecuários. Quando precisamos, o estoque regulador vai buscar do outro lado do mundo, como é o arroz da Tailândia”, disse.
“Amanhã se decide se tirar a TEC para soja e milho. A soja para os próximos meses e milho até junho, porque a soja vai terminar o ano com estoque muito baixo e, aí, se previne. O milho também, se prevenindo antes da segunda safra que virá o ano que vem. Não se estabelece a quantidade, será a quantidade que o mercado mandar. Para estabelecer o equilíbrio”, continuou.
Segundo Garcia, essa é uma nova etapa do Brasil. “Está lá o câmbio favorável a quem exporta e isso influencia o mercado e, como a gente sabe, tudo o que sobe desce. É como montar a cavalo, vamos oscilando de acordo com mercado e essa é a nova orientação de um país que cresceu e virou protagonista no mercado mundial”.