A China liberou a importação de lotes de carne bovina certificados antes de 4 de setembro, porém o embargo ao produto brasileiro permanece. Para o comentarista Alexandre Garcia, a China está mais rigorosa com as questões sanitárias, o que pode obrigar o Brasil a rever sua postura.
“Isso significa que o Brasil tem que ter mais atenção a essas questões de sanidade. O embargo à carne bovina Isso afeta toda a estrutura pecuária, principalmente confinamento e o planejamento dos frigoríficos”, destaca.
- ‘Somos a segurança alimentar e mineral do mundo, por isso há narrativas para prejudicar o Brasil’
- ‘Intromissão’, diz Alexandre Garcia sobre atuação do STF na PEC dos Precatórios
Garcia lembrou da alta das exportações brasileiras em 2019, que foram comemoradas pelo setor, gerando valorização da arroba do boi. No entanto, ele ressalta a dependência que se criou com o mercado chinês.
Diante das dificuldades em negociar com o país asiático, o comentarista levanta a hipótese de uma questão política estar envolvida no embargo ao produto brasileiro.
“A ministra tem tentado negociar, mas parece que não tem jeito. Com isso, a sentimos o fato pode ter alguma coisa política. A china não admite retaliação. O Brasil é rigoroso na questão sanitária, mas não consegue se acertar com os chineses. Me parece que estão adotando uma postura aonde se o Brasil for mais bonzinho com a China, ela pode entender melhor os problemas brasileiros. Isso é política, e questões políticas causam profundas consequências econômicas”, avalia Alexandre Garcia.