No dia 21 de abril, a Fazenda Santa Carmem, a 190 quilômetros de Porto Velho (RO), foi invadida por cerca de 40 homens fortemente armados. Relatos de funcionários mostram que o grupo agiu com muita violência, inclusive com técnicas de tortura, e destruiu veículos e alojamentos, fugindo levando outros veículos e tratores.
Segundo o secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia, José Hélio Cysneiros Pachá, das cerca de 90 invasões em curso no estado atualmente, cerca de 30 são de grupos mais violentos.
Alexandre Garcia, de Brasília, explica que uma reunião no Palácio do Planalto com o governador de Rondônia e o presidente Jair Bolsonaro “chegou à conclusão de que a República está diante de um caso de segurança nacional muito sério”. Segundo ele, esses grupos que atuam em Rondônia, Acre e Amazonas utilizam métodos semelhantes aos das guerrilhas colombianas, sobretudo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
“Trata-se de um grupo guerrilheiro, terrorista, de caráter internacional. Já foram apreendidos substâncias para o refino de drogas. Os métodos em relação a ataques, destruição de ponte, geram temor nas populações e causam submissão”, disse.
Segundo Garcia, com essas ações recentes, o governo precisa intervir imediatamente. “Os ataques demandam uma reação enérgica por parte do governo federal. E essa ajuda foi pedida pelo governador de Rondônia. Isso envolve 69 processos de reintegração de posse e há muita preocupação com o nível dos armamentos utilizados por esses bando, que foram identificados como um mal que precisa ser cortado pela raiz”, concluiu.