Neste dia 24 de dezembro, véspera de Natal, o comentarista Alexandre Garcia fez uma análise sobre o papel fundamental do agronegócio em 2020, ano marcado pela pandemia e que, mesmo com todas as dificuldades, contou com o trabalho e perseverança do setor produtivo.
“Vocês, produtores rurais, garantiram a segurança alimentar para o Brasil nesse período difícil. Vocês trabalharam mais, se reinventaram, criaram, exportaram mais e garantiram os alimentos em toda parte. Vocês merecem o reconhecimento pelo presente de natal que deram ao país em um ano bem difícil”, disse.
Garcia disse ainda que o ano de 2020 foi um ano de renascimento para o setor e para quem trabalha para fornecer alimento ao mundo. “O Natal celebra o nascimento, e aqui temos a oportunidade de celebrar o renascimento de todos nós. Tivemos, nessa crise, a oportunidade de renascermos em hábitos, trabalho e rotinas. Foi um ano que nos fez pensar e acho que o Brasil sairá melhor desta crise.”.
A expectativa da vacina
O comentarista também falou sobre a expectativa que o Brasil vive em receber uma vacina, e da frustração de os resultados da vacina da Coronavac em parceria com o instituto Butantan não terem sido apresentados como prometido pelo governo de São Paulo. “Anunciada com pressa pelo governador de São Paulo, João Doria, criou uma grande expectativa e agora anuncia-se que os chineses não deixaram divulgar o resultado dos testes, mas se sabe que chegou no limiar da exigência para caso emergencial, ou seja, acima dos 50%”, disse.
“A Coronavac é a vacina tradicional, que tomamos desde criança, que utiliza o vírus enfraquecido. Já a que está sendo aplicada nos EUA e Reino Unido, a da Pfizer, é novidade e envolve engenharia genética. Eu confio muito na engenharia genética da Embrapa, mas essa da vacina temos, teoricamente, que esperar décadas para ver um resultado”, complementou.
Segundo ele, é preciso observar o resultado das vacinações nos países que já estão mais avançados no processo. “Essa demora, de certa forma, é boa pois as vacinas demoram anos para mostrar a segurança e eficácia. É preciso confiança, mas enquanto isso temos recursos baratos, confiáveis, testáveis e seguros para uma prevenção, de um ataque precoce, que mesmo antes de aparecer o resultado nos testes pode ajudar para que não sejamos internados ou intubados”.