A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) planeja tornar o Brasil o maior exportador mundial de algodão até 2030. Para atingir esse objetivo, a entidade renovou uma parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex). Nos próximos dois anos, serão estudadas estratégias de vendas e elaborados protocolos para garantir boas práticas nas operações de embarque da pluma.
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A renovação do convênio entre a Abrapa e a Apex aconteceu em meio à plantação de algodão em Cristalina (GO). O projeto Cotton Brazil, parceria, foi iniciado no ano passado.
“O nosso objetivo é aumentar a participação do algodão brasileiro no comércio mundial, conquistando mais espaço e melhorar a valorização da pluma brasileira. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor mundial da pluma do algodão e o segundo maior exportador mundial e queremos crescer ainda mais. Pois o algodão tem se mostrado, ao longo do tempo, com um faturamento bruto três vezes maior que o da soja e emprega cinco vezes mais pessoas”, destaca Júlio Cesar Busato, presidente da Aprapa.
O Brasil é o maior fornecedor de pluma de origem sustentável do mundo. O país responde por 36% de todo algodão certificado com o selo better cotton. Agora, Apex e Abrapa devem trabalhar na elaboração de protocolos de certificação de boas práticas nas operações de embarque do produto exportado.
De janeiro a julho deste ano, o Brasil exportou quase US$ 2 bilhões em algodão bruto.
“Não é apenas uma questão de quantidade. O que a gente vê nessa lavoura é a qualidade, sobretudo a sustentabilidade do algodão brasileiro. Aqui você tem desempenho, tecnologia, essa riqueza de cabeças e ao mesmo tempo a nossa riqueza natural garantindo a produção de um insumo tão importante”, pontua Augusto Pestana, presidente da Apex.
Ainda dentro programa da Abrapa e Apex serão feitos estudos para melhorar as estratégias comerciais ligadas aos principais países compradores da pluma brasileira. Segundo a abrapa, apesar do algodão nacional ter a mesma qualidade do americano, líder em vendas, ele é vendido em uma média de preço 8% menor.
“Tenho certeza que nós vamos conquistar cada vez mais espaço com o produto brasileiro para que os produtores possam plantar cada vez mais algodão nas suas fazendas e aumentar a rentabilidade”, finaliza Busato.