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Algodão: preço, clima e área desestimulam produtor

A Bahia, segundo maior produtor da pluma no Brasil, perdeu 15% de sua área plantada

Fonte: Divulgação/Embrapa

O volume da safra de algodão deve ser menor neste ano, na comparação com 2015. Além da redução de área nas principais regiões produtoras, o preço e o clima vêm desestimulando os produtores. Mas, para quem apostou na cultura, o resultado pode ser bom. Isso porque a baixa oferta deve elevar os preços na pluma.

Segundo maior produtor do país, a Bahia reduziu 15% de sua área plantada na comparação com a safra passada. As propriedades do município de São Desidério, no oeste do estado, são conhecidas pela agricultura farta. Mas, na fazenda do Anildo Kurek, uma lavoura em especial foi motivo de frustração na safra passada.

“A gente tinha um algodão aqui que passava de 300 arrobas por hectare, estimava até em 350 no finalzinho de abril. Em maio, choveu em torno de 30 dias sem parar, e a gente perdeu em torno de 100 arrobas de algodão”, lembra o produtor.

“Hoje a expectativa é de que 60% do algodão produzido vai ser exportado. Talvez, com uma situação econômica e política mais estável, aconteça uma retomada do consumo interno. E isso pode favorecer os produtores”, diz Marco Antonio Aluisio, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea).

“Nós vamos ter um grande volume de exportação. Só que, infelizmente, dadas as circunstâncias dos últimos embarques, feitos por algumas empresas que não se preocupavam com o que estava escrito no contrato sobre a qualidade, fez com que o preço do algodão brasileiro ficasse muito depreciado”, afirma o corretor Orlando de Almeida Prado Neto.

Estimulados pelo dólar alto, os preços da pluma praticados no Brasil estiveram firmes no primeiro trimestre. Continuidade que deve depender da recuperação da indústria diante do adverso cenário econômico.

“Vai depender da recuperação da indústria têxtil nacional. Ela vem sofrendo muito em função do câmbio e da competitividade do produto importado e agora com a diminuição do consumo interno. Se houver uma estabilidade, talvez a indústria tenha uma retomada no segundo semestre e a gente pode ter uma situação mais tranquila, diz Aluisio, da Anea.

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