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Algodão: setor quer que consumo cresça 10%, o que deve elevar área plantada

Colheita deve crescer 18%, rendendo 1,5 milhão de toneladas de pluma; campanha para mostrar qualidades quer estimular utilização da fibra

Produtores de algodão e indústrias querem aumentar em 10% o consumo da matéria-prima no Brasil nos próximos anos. A demanda externa para a fibra também deve crescer, uma razão adicional para que os agricultores aumentarem a área cultivada na safra 2017/2018.

Com a colheita de algodão chegando ao fim no país, o setor comemora o aumento de 18% na produção na comparação com o ciclo passado, chegando a 1,5 milhão de toneladas de pluma. Em Mato Grosso, estado que tem a maior produção da fibra, os agricultores já planejam um aumento significativo da área cultivada, que deve tomar espaço do milho de segunda safra no ano que vem.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Alexandre Pedro Schenkel, afirma que a expectativa é atingir cerca de 700 mil hectares de área plantada ou até um pouco mais.  “Isso vai depender da janela da soja, das chuvas iniciais do início do cultivo”, diz.

O cenário internacional é favorável ao cotonicultor brasileiro, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo de Azevedo Moura. Segundo ele, o consumo da pluma tem sido maior do que a produção mundial nos últimos três anos, o que teria consumido estoques globais.

“Mesmo o estoque chinês, que assustou muito produtor, hoje não é mais um bicho feio, pois parte dele já foi consumida”, diz Moura, completando que esse estoque é caro, já que foi abastecido com pluma a US$ 1,20 por libra-peso, enquanto hoje está a US$ 0,70.

Campanha

Durante o 11º Congresso Brasileiro de Algodão, que está sendo realizado em Maceió (AL), o setor divulgou uma ação que pretende estimular a em 10% o consumo da fibra no país na próxima década. É a campanha Sou de Algodão, inspirada em uma iniciativa realizada nos Estados Unidos. 

De acordo com o conselheiro da Abrapa João Carlos Jacobsen, há algum tempo o algodão vem perdendo mercado especialmente para os fios sintéticos. Daí teria nascido a ideia de fazer um movimento em favor da fibra natura, mostrando suas qualidades a clientes e consumidores. “Através de uma pesquisa, percebemos que, normalmente, as pessoas não têm conhecimento de todas as qualidades de leveza, maciez e conforto que o algodão dá”, diz Jacobsen.

Orgânico

O Congresso Brasileiro de Algodão, que reúne as lideranças do setor, também tem espaço para pequenos agricultores, como Vitor Carlos Neves. Ele levou ao evento produtos feitos com algodão orgânico cultivado por ele próprio em Mato Grosso do Sul. A fibra tem o diferencial da sustentabilidade, que vale mais na hora da comercialização. 

Segundo Neves, o quilo da pluma de algodão convencional chega atualmente a R$ 4,70. “No mercado de orgânicos, nós conseguimos um acréscimo de 100%. Com maior geração de renda, consequentemente, nós temos maior qualidade de vida”, diz o produtor.

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