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Amazônia: Mourão pede apoio de bancos para recuperar pastagens; veja entrevista nesta 3ª

Vice-presidente falou sobre as estratégias do governo Bolsonaro para garantir investimento no país e para contornar as questões ambientais

O vice-presidente Hamilton Mourão pediu aos três maiores bancos privados do país apoio em iniciativas de recuperação de pastagens degradadas e reflorestamento na Amazônia.A informação foi dada com exclusividade à repórter do Canal Rural Paola Cuenca, em uma entrevista realizada nesta tarde e que será veiculada às 19h30 desta terça, 27.

De Brasília, a repórter explica em qual contexto o vice-presidente citou esse pedido de apoio que foi feito às instituições. “No trecho em que o vice-presidente informou isso, estava respondendo a uma pergunta que fiz sobre aquelas carta enviada pelos três maiores bancos privados – Itaú, Bradesco e Santander – ,com demandas para preservação ambiental na Amazônia. Um dos pontos pedia para o governo atuasse para ter o desmatamento zero ligado ao setor de carnes, inclusive articulando com o setor de proteína animal para que houvesse um compromisso nessa cadeia produtiva”, disse.

Mourão informou que a questão do desmatamento zero, ao entender dele, era um desmatamento ilegal zero, pois já existe na lei uma prerrogativa de exploração de parte das áreas, inclusive dentro do bioma da Amazônia. Foi então que ele expôs aos bancos a situação, incluindo a presença de criação de animais na região da Amazônia e o que poderia ser feito em parceria com os bancos para melhorar essa situação.

“Na questão do desmatamento ligado à produção da proteína animal, eu conversei com eles e mostrei que existe uma área na Amazônia que está devidamente ocupada pelo ser humano e o que temos que fazer lá é melhorar a produtividade daquela região, buscar uma recuperação de pastagem e até o replantio de florestas. Esse é o pacote que aparece como um todo e onde os bancos podem apoiar os nossos produtores”, disse o vice-presidente.

É importante lembrar que em outra ocasião, em coletiva de imprensa, o vice-presidente disse que o governo não aceitaria pressões externas que estariam tentando culpar a produção de alimentos e o agronegócio pela destruição que acontece na região da floresta amazônica.

Além disso, Mourão falou sobre outros pontos ligados à preservação ambiental, que colaboram com que a imagem do agronegócio seja positiva em outros países. Falou sobre um pedido para separar o orçamento da preservação da Amazônia do orçamento público, para que não haja o rompimento do teto de gastos.

O vice-presidente contou durante a entrevista que está estudando a possibilidade dos recursos do Fundo da Amazônia serem enviados para Ongs, que já vão atuar na preservação ambiental, ou então direto para os estados, para que eles possam fazer as ações de preservação com esses recursos e, dessa maneira, não atingindo o teto de gastos do governo federal.

Outro assunto abordado pelo vice-presidente foi a contratação de servidores para trabalhar na fiscalização de órgãos como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que estão com defasagem de pessoal. Segundo ele, mesmo com todo este esforço, a burocracia de um concurso público possibilitaria esse preenchimento de vagas apenas em 2022. Por isso ainda existe a possibilidade de contratar servidores temporários para trabalhar nos combates ao desmatamento e focos de incêndio na região amazônica.