Quem gosta de ameixa vai aproveitar para se deliciar neste fim de ano. A safra já começou em São Paulo e, além de ter excelente qualidade, deve apresentar maior volume nesta temporada.
No sítio de Nelson Hideki Okamura, em Salto de Pirapora (SP), a colheita já está em fase final. Em sua propriedade, a safra termina antes da entrada da maior oferta da fruta, que ocorre entre dezembro e fevereiro. Okamura acredita que antecipar o cultivo ajuda a obter preços melhores no produto. Dependendo do tamanho da fruta, o quilo é vendido entre R$ 2,50 e R$ 4, o que ele considera uma boa média.
“Nas primeiras vendas, a gente consegue ter um preço melhor. E depois começa a sair de várias regiões e, assim, o mercado tende a cair”, diz.
A produtividade média de Okamura é de 30 toneladas de fruta por hectare. É um pouco menos do que foi colhido na temporada anterior, mas ainda um bom rendimento.
“Na primeira florada que tivemos, a quebra de dormência não foi bem, a segunda foi média, e a terceira e a quarta tiveram floradas e pegamentos muito bons”, afirma.
Onde a fruta não é precoce, entretanto, a produtividade aumentou em até 30%. Segundo o engenheiro agrônomo Antônio Carlos Bueno, o clima foi bom neste ano e beneficiou quem fez a quebra de dormência a partir de 15 de julho. “Tivemos uma primavera com temperaturas boas, regime de chuva bom. Isso favoreceu todos os tratamentos”, diz.
Bueno também elogia a qualidade das ameixas desta safra. “Estamos conseguindo frutos com calibres bons, maiores. O mercado valoriza bastante e o produtor também acaba tendo uma rentabilidade maior”, afirma o agrônomo.
De acordo com a Embrapa, a área cultivada de ameixa no país é de 4.200 hectares, com produção anual de cerca de 40 mil toneladas. A produção ocorre no Sudeste e no Sul, em áreas de temperatura mais amena. Uma das variedades mais cultivadas é a rubi mel, colhida verde e maturada com o uso de gás etileno.