Em levantamento realizado de agosto a dezembro, referente à safra de verão 2020/2021, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) constatou que houve redução de 25,89% nas amostras contaminadas por 2,4-D, em relação à safra anterior. O número de propriedades atingidas também diminuiu, de 110, em 2019, para 89, nesta safra.
“Em 2019, o índice de contaminação passou dos 88%, e agora está em 62,34% Essa redução de um quarto no número de laudos positivos demonstra que a resposta está à altura do problema. Estamos vendo os primeiros resultados das Instruções Normativas editadas em 2019”, pontua Rafael Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da SEAPDR.
Mesmo com redução no número de laudos positivos e propriedades atingidas, houve um aumento de 11,38% no volume de denúncias. “Este aumento está relacionado aos canais de denúncias e a divulgação pela imprensa sobre o tema, fazendo com que o produtor rural esteja mais atento”, avalia Rafael.
O número de municípios com amostras positivas para 2,4-D diminuiu: 31 tiveram registro de deriva no período de agosto a dezembro de 2020, contra 42 na safra anterior. As culturas mais afetadas foram videiras, nogueiras-pecã e hortaliças. O tabaco, que não teve notificação em 2019, computou quatro ocorrências nesta safra.
Além das amostras com presença da substância 2,4-D, houve confirmação de contaminação por clomazona, produto hormonal utilizado em áreas de arroz. Foram 40 amostras positivas, colhidas de 34 propriedades rurais. Três amostras também indicaram a presença de quincloraque, outro herbicida.