O clima no principal produtor mundial de grãos estimulou os preços da soja e do milho na bolsa de Chicago neste início de maio. Para quem acompanha o mercado, o cenário vai ser de altas pontuais e o produtor brasileiro pode aproveitar estes momentos para negociar o restante da safra. Segundo o analista de mercado Glauco Monte, a especulação sobre perdas na safra dos Estados Unidos ainda não é uma preocupação.
“Nós temos estoque bastante amplo e não temos problemas de oferta.A gente veio da sequência da safra recorde nos Estados Unidos , safra recorde no Brasil , boa safra na Argentina e temos um aumento de área norte-americana. Então, eu diria que se a gente não tivesse problema de clima nos Estados Unidos a situação de preços ficaria bem preocupante para o produtor”, disse.
Notícias Relacionadas
Por causa do feriado do Dia do Trabalho, o mercado interno não funcionou. A bolsa de Chicago, no entanto, operou com alta. Todos os contratos subiram quase 15 pontos, o que é bom para o produtor brasileiro. “Aquele produtor que está bem atrasado na comercialização deve ficar bem atento nesses eventos pontuais que ocorrem nesse período, que é normal e que fazem com que o preço em dólar aumente. Melhor para avançar um pouquinho na comercialização desse que está atrasado para avançar um pouquinho e aproveitar essas altas de mercado, fazendo uma média e aproveitando esses eventos climáticos”, falou Glauco.
No Brasil as exportações de soja vão normalmente até julho, mas com uma projeção de grande safra, as vendas para o exterior devem se estender até setembro ou outubro, o que gera preocupação para os Estados Unidos. “O Brasil sempre é uma preocupação para os Estados Unidos, pois os nossos preços são bons e sempre que o Brasil está forte no mercado, eles deixam de exportar. O Brasil tomou o mercado e com a gente exportando até o final do ano, eles vão ficar com uma janela muito apertada”, falou o analista Victor Carvalho.
