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Aprenda a produzir leite em pequenos espaços

Sistema semi-intensivo mistura o método convencional e o confinamento

Fonte: Divulgação

Produzir leite em pequenas áreas tem sido cada vez mais comum entre produtores brasileiros, mas quem quer garantir boa produtividade precisa ficar atento a uma série de cuidados de manejo e organização do rebanho. A pedido de uma telespectadora de Sete Lagoas, Minas Gerais, fomos conhecer um sistema de produção que já é referência na região de Piracicaba, interior de São Paulo.

Em uma área de quatro hectares, Humberto e André Antunes, pai e filho, decidiram, há um ano e meio, criar gado de leite. A área limitada nunca foi problema. Cada espaço é bem aproveitado pelo rebanho de 40 vacas, 20 delas em fase de lactação. O sistema produtivo é o semi-intensivo, um meio termo entre o método convencional e o de confinamento.

– O [método] de confinamento acaba tendo um custo maior, então ele vai ter que plantar o alimento, fornecer um volume maior de concentrado, então acaba aumentando o custo e não tem esse aproveitamento total da área com o custo baixo – diz o técnico agropecuário Fernando Codo.

A ordenha acontece em dois momentos, uma pela manha e outra pouco depois do almoço. Logo depois da retirada do leite, os animais vêm para o cocho e recebem dois quilos de ração cada um. Depois disso, o rebanho fica livre no pasto, dividido em quatro módulos de 30 piquetes.

– Esse sistema, o Sistema Voisin, quem criou foi o André Voisin, um francês, então ele já é bem utilizado nos países de primeiro mundo e o Brasil agora está se adaptando muito bem a ele. Se não houvesse essa divisão de piquetes, seria impossível colocar esse número de animais na pastagem. Quando ela é dividida, a vaca vai passar por 30 piquetes até ela fazer esse giro. O pasto volta a se recuperar, então volta a ter uma produção alta – afirma o técnico.

Um ponto importante para o produtor de leite de pequenas áreas é o investimento na qualidade do pasto. Na propriedade da família Antunes, os cuidados vão desde a irrigação em períodos de seca até a correção anual da acidez do solo. E o resultado não poderia ser outro, fartura e produtividade garantidas.

– O produtor de leite, no meu pensamento, ele tem que ser acima de tudo um bom agricultor. Se ele não for agricultor ele não produz leite – diz Humberto Antunes.

A eficiência do sistema tem sido comemorada em volume de leite. A produção diária já é de 300 litros, uma média de 15 litros por vaca.

– Para o sistema, é uma produtividade boa. No verão, nós trabalhamos aí com uma margem de 50% de lucro e no inverno cai pra 30%, 35%, dependendo da disponibilidade de alimentação. A gente ainda tem muito para melhorar, essa é uma busca do produtor de leite, ele nunca pode estagnar. Então a gente tem ainda muito pra crescer, em genética estamos melhorando o rebanho talvez aí melhorar a média de produção dos nossos animais porque a área continuará a mesma, mas vamos investir em produtividade, ganhar mais litros por hectare – afirma André. 

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