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Arco Norte deve ganhar importância no escoamento da safra

Diante da expectativa de aumento da produção brasileira de grãos, portos da região podem desafogar Santos (SP), mas é preciso investir nos terminais para aumento da capacidade

Fonte: Companhia Docas do Pará/divulgação

A projeção de que a produção de soja e milho aumente até 15% neste ciclo volta a trazer preocupação quanto ao escoamento da safra brasileira, que pode somar mais de 200 milhões de toneladas. Há, inclusive, quem acredite que estarão de volta as extensas filas de caminhões em estradas durante o pico da temporada. Por outro lado, o Porto de Vila do Conde, no Pará, e outros terminais do Arco Norte podem assumir um papel de destaque nas exportações, desafogando Santos, no litoral paulista.

“Com uma safra maior, geralmente muito concentrada, é possível que a gente volte a ter filas. Embora o agendamento minimize, ele acaba criando filas antes de chegar no porto”, afirma o diretor técnico executivo da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). 

Em 2016, os portos do Arco Norte – Itacoatiara, Santarém, Itaqui, Vila do Conde e Salvador – foram responsáveis pelo embarque de 22 milhões de toneladas de grãos, um número que deve crescer continuamente. Vila do Conde, por exemplo, exportou 4 milhões de toneladas em 2016 e deve movimentar no próximo ano 10 milhões; até 2020, a expectativa é que a movimentação do terminal atinja 40 milhões de toneladas.

“A Região Norte é onde você vai poder produzir de forma mais econômica, e vai ser imbatível em relação ao resto do país”, acredita o presidente da Pavan Engenharia, Renato Casali Pavan.

Para viabilizar o crescimento das exportações pela região, é preciso concluir o asfaltamento da BR-163 até o porto fluvial de Miritituba, no Pará, de onde as cargas seguem em barcaças até Vila do Conde. Além disso, são necessárias obras em hidrovias e ferrovias para que outros terminais tenham aumento de capacidade. 
De acordo com Pavan, não faltam investidores interessados em melhorar  a infraestrutura logística do país. “Esse negócio de que não tem dinheiro não é verdade. Falta projeto. O Brasil precisa ter projetos consistentes, que tragam benefício socioeconômico”, diz.

Enquanto as obras não saem do papel, o transporte rodoviário segue encarecendo o frete em cerca de 20%. A justificativa é de que as más condições das estradas brasileiras aumentam os custos em quase 30%, o que pode piorar em 2017. “A infraestrutura é absolutamente a mesma, pra não dizer pior. E consequentemente os custos do transporte tendem a subir. Já temos reajustes fortes de 9,5% do diesel. E vai haver reajustes periódicos, o que pode trazer mais aumentos de custos e criar dificuldade para o repasse”, afirma o presidente da NTC & Logística.

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