A chuva castigou mais uma vez os arrozeiros do Rio Grande do Sul. Regiões produtoras como Santa Maria registraram mais de 300 milímetros e as doenças na lavoura já começam a preocupar os agricultores.
Na região central do estado e fronteira oeste muitos produtores terão que replantar. Para oferecer ao produtor uma genética cada vez mais resistente, foi inaugurada no Rio Grande do Sul uma nova estação experimental para pesquisas e desenvolvimento de arroz. A estrutura servirá de base para o desenvolvimento de cultivares que serão plantadas não só no Brasil, mas também no Uruguai, Argentina e até nos Estados Unidos.
O objetivo é lançar uma variedade de arroz híbrido a cada três anos. O doutor em melhoramento genético da empresa diz que a ideia é investir na criação de cultivares de ciclo curto, interessantes para áreas onde o replantio pode acontecer com mais frequência.
“Que se consiga semear um pouquinho na fase tardia na época de semeadura, na fase final, e ele ainda vai ter uma produtividade muito alta, quando se comparado com cultivares convencionais de um ciclo similar”, disse o doutor em melhoramento genético Edgar Torres.
O produtor Luiz Cândido Machado Júnior, que escolheu sementes híbridas, que são aquelas de ciclo mais curtos e resistentes ao brusone, comemora o investimento em pesquisa, mas diz que há muito ainda para avançar. “Avançar sempre é fundamental, pois a pesquisa não pode parar nunca. O aumento de produção seria fundamental porque as áreas hoje em dia estão ficando muito escassas, então temos que aumentar a produção e não a área”, disse.