A produção de arroz do Rio Grande do Sul registrou quebra de 1 milhão de toneladas na safra 2018/2019. Apesar disso, o Brasil exportou 1,320 milhão de toneladas e importou pouco mais de 917 mil toneladas do cereal no ano passado.
De acordo com o analista Gabriel Castagnino, da Safras & Mercado, a expectativa é de que as aquisições fossem maior do que as vendas no mercado internacional, justamente por conta das perdas. “O dólar, que chegou a R$ 4,20, acabou dificultando as importações e facilitando as exportações”, diz.
O produtor Arnaldo Eckert, de Tapes (RS), conta que ao longo dos anos notou a diferença que exportar faz na rentabilidade. “É a solução para ter uma remuneração melhor. O caminho é esse: exportar”, afirma.
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Para a safra 2019/2020, as expectativas do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, são positivas. “Com a produção brasileira estabilizada em 10,5 milhões de toneladas e projeção de aumento de 2,8% no consumo nos trazem um pouco de otimismo em relação ao mercado”, conta.
A abertura de novos mercados é uma metade para os dirigentes do setor. A grande expectativa é a definição da nova cota para o México. “Trabalhamos muito forte pela venda do arroz em casca, porque realmente é o arroz que traz o reflexo imediato ao produtor”, comenta Alexandre Velho.