O plantio da soja no brasil atingiu 3,4% da área, ritmo mais lento dos últimos 10 anos. O levantamento feito pela AGrural atribuiu o cenário às altas temperaturas e a falta de chuva nas principais regiões produtoras do país.
Para o comentarista Benedito Rosa, mesmo as lavouras recebendo chuva e se desenvolvendo pelo país, como aconteceu na última safra, o desequilíbrio na janela de plantio do milho pode impactar ainda mais o abastecimento interno e fazer aumentar ainda mais os preços.
“É momento de colocar os olhos na climatologia. Nós estamos com ciclos integrados, de modo que a janela de plantio para o milho pode ficar curta ou até mesmo comprometida caso as chuvas demorem para regularizar para o cultivo da soja. Os agricultores plantarão milho com ou sem chuva, pois o milho está com preços atrativos. Ele seguirá em frente, mesmo que possa significar uma queda de produtividade no milho de segunda safra”, disse.
De acordo com Benedito, com a cotação do dólar elevada e a diminuição do milho na segunda safra, poderemos ter preços mais altos ainda no segundo semestre. “Estamos em uma primavera regida pela La Niña e isso significa que há um retardamento no ponto ideal do plantio da soja. Temos que seguir os dados meteorológicos para depois imaginarmos que tamanho poderemos ter de produtividade, mas certamente o radar do mercado já está de olho nessas possibilidades e ele precificação isso assim que o radar meteorológico permitir”, concluiu.