O aumento é de 20% a 30% ao ano. Problema sentido pelos proprietários da região. O pecuarista Neri Torres relata que a criminalidade já está incorporada à rotina:
– Às vezes, de manhã, a primeira coisa que se faz é contar o gado e se faltar algum, tu já tens que tomar uma providência. Toca o telefone, a gente já atende em estado de nervos, já é notícia ruim. Não tenho a certeza da quantia de dinheiro que já perdi, nem a quantia de rês que já me roubaram, porque foram tantas vezes…
Apesar do problema recorrente, os acordos internacionais entre Brasil e Uruguai restringem o campo de atuação da polícia brasileira. Para o tenente da Brigada Militar, Romildo do Espírito Santo, isso é determinante para um cenário de impunidade e aumento dos crimes.
– O crime é cometido aqui, mas no momento que ele passa para o Uruguai, não tem como trazermos ele para cá para responder. Não existe acordo entre os países para que se possa extraditar e responder pelo crime aqui. Não tem como apurar a responsabilidade dele.