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Aviação agrícola cresce 5% ao ano no Brasil

Contando com a segunda maior frota do mundo, o país busca soluções para otimizar a aplicação de insumos

Fonte: Pixabay

O Brasil tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o setor cresce 5% ao ano. A aplicação de insumos apenas nos locais adequados, para evitar a chamada deriva, é um dos desafios na utilização.

O piloto Gianni Bozetto conta que o segredo para maior eficiência é o trabalho pré-decolagem. “A gente começa tudo com um planejamento de área, o monitoramento. No dia, usamos alguns equipamentos ou pequenas estações meteorológicas espalhadas na região, para monitorar condições climáticas que estejam favoráveis”, diz.  

Reduzir a quantidade de água misturada ao produto aplicado pela aeronave pode ajudar. Alan McCracken, especialista em aviação agrícola com experiência em mais de 100 países, comprovou a tese por meio de testes. “Isso deixa o caldo mais concentrado, fazendo com que não sofra evaporação”, explica. Ele orienta que o produtor busque sempre usar o produto mais concentrado incluindo aditivos para conservar a vida da gota. “Se a folha fica molhada por cinco minutos, é a prova que não perdemos por evaporação”, pontua.

Outro ponto importante a ser levado em conta é o tamanho da gota, o que também ajuda a prevenir o desperdício de produto. O engenheiro agrônomo Marcelo Drescher, que também é especializado na área, destaca que varia de acordo com a cultura e objetivo da aplicação. “Muitas vezes, o que que eu quero é uma maior penetração na cultura, então sou obrigado a trabalhar com uma gota um pouco menor. Se não quiser tanta penetração, trabalho com uma gota maior”, afirma.

No combate à ferrugem da soja, por exemplo, exatidão é determinante. “Necessariamente, tem que fazer menor o suficiente para que ela penetre e grande o bastante para que não evapore”, esclarece Drescher.

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