Bahia Farm Show espera movimentar R$ 1 bilhão

Organizadores demonstram otimismo, apesar da situação da economia brasileiraComeçou hoje a 11ª edição da Bahia Farm Show, a maior feira de agronegócios do eixo Norte-Nordeste do país. Ela acontecerá até sábado, dia 6, em Luis Eduardo Magalhães, e conta com 210 expositores. A expectativa dos organizadores é de que o evento movimente quase R$ 1 bilhão em novos produtos, apesar da situação complicada da economia. 

Investimentos em irrigação são uma das apostas da feira para atrair o agricultor. A Valley levou o gerenciamento de irrigação por sinal de celular, recomendado para quem tem poucos pivôs na lavoura. A tecnologia custa R$ 4,8 mil e pode ser instalada em qualquer equipamento, independentemente de marca ou tempo de uso. Com o custo de R$ 900 mensais, o produtor pode acionar o pivô sem ir ao campo.

– Ele pode alterar as condições do equipamento, mudar a velocidade, a lâmina, o sentido de rotação do equipamento, e através dos sensores, saber o que esta acontecendo – explica o supervisor regional da empresa, Marcus Schmidt.

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A divulgação do Plano Safra 2015/2016, nesta manhã, levou otimismo ao evento. Nem a alta dos juros, chegando a quase 9% assusta a organização da Bahia Farm Show. Na abertura oficial do evento, nesta manhã, os discursos foram de incentivo a investimentos por parte do produtor e também de cobrança ao governo para colocar em prática a agência de desenvolvimento do Matopiba, anunciada no mês passado. Também houve cobrança por infraestrutura e logística.

O governador da Bahia, Rui Costa, anunciou R$ 20 milhões para finalizar neste ano a BA-459, chamada de “anel da soja”, importante para escoar a produção da região. Ele também espera uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, na visita dela a Bahia ainda este mês, para tratar da ferrovia Transoceânica, que tem por objetivo escoar a produção nacional pelo oceano Pacífico. 

Costa também renovou por mais um ano o programa de incentivo a cultura do algodão no estado. O PROALBA reduz pela metade o ICMS cobrado dos cotonicultores e parte desse valor é revertido para o fundo de apoio à produção.