A balança comercial registrou em outubro o melhor resultado para o mês desde 2011, com um superávit de US$ 1,996 bilhão, revertendo o déficit de US$ 1,179 bilhão visto no mesmo período no ano passado. Os dados foram divulgados hoje, dia 1, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As exportações subiram 4,1% em relação a outubro de 2014 e 0,6% na comparação com setembro, chegando a US$ 16,049 bilhões. As importações caíram 21,1% em termos anuais e subiram 6,4% em base mensal, para US$ 14,053 bilhões.
A soja foi o produto agropecuário básico que apresentou o maior aumento nas vendas ao exterior em outubro, expandindo em 197,8% e obtendo uma receita total de US$ 990 milhões. Em seguida ficaram milho em grão (79%, para US$ 920 milhões), farelo de soja (8,5%, para US$ 528 milhões) e algodão em bruto (4,1%, para US$ 253 milhões).
Por outro lado, a carne suína registrou maior queda nas exportações (-35,3%, para US$ 108 milhões), acompanhada por carne de frango (-22,8%, para US$ 452 milhões), café em grão (-14,7%, para US$ 502 milhões), carne bovina (-12,9%, para US$ 450 milhões) e fumo em folhas (-9,5%, para US$ 276 milhões).
Entre os produtos agropecuários que passaram por processamento, o etanol registrou um aumento nas vendas (99,1%, para US$ 112 milhões). Na contramão, o açúcar refinado teve queda de 30,7%, para US$ 159 milhões. O suco de laranja não congelado recuou 20,8%, para US$ 101 milhões.
Couros e peles, que faz parte do grupo de produtos semimanufaturados, apresentou baixa de 30,5%, para US$ 158 milhões. O açúcar bruto caiu 20,7%, para US$ 593 milhões, enquanto as vendas de óleo de soja em bruto aumentaram 41,7%, a US$ 93 milhões, e as exportações de celulose expandiram 25,5%, para US$ 587 milhões.
Segundo o MDIC, a queda nas vendas de carnes, fumo em folha, açúcar bruto e café em grão foi uma das responsáveis por diminuir as compras da Europa Oriental (sem considerar a União Europeia) em 51%, maior queda entre os mercados em outubro. As vendas à África baixaram 23% com a ajuda do açúcar, carne bovina, frango, soja em grão e óleo de soja em bruto.
As exportações para a UE recuaram 10,8% por conta de café em grão, farelo de soja, fumo em folhas, suco de laranja, carne bovina, frango e couros e peles. Para os Estados Unidos, as vendas recuaram 4%, com queda nos embarques de suco de laranja congelado e açúcar em bruto.
O único mercado a apresentar aumento das importações de produtos brasileiros foi o asiático (17,4%, para US$ 2,5 bilhões), puxado pela China (31,9%), com destaque para as compras de soja em grão, fumo em folhas, açúcar em bruto e carne bovina.