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Bandeira vermelha chega a triplicar custo de produção

Em algumas regiões do país, irrigação está inviável; Mapa pede exclusão da tarifa nestes casos

Produtores irrigantes de todo o país querem o fim da bandeira vermelha na conta de energia. O impacto no custo de produção pode inviabilizar a irrigação. Dependendo da região, a conta de luz chegou a triplicar. O Ministério da Agricultura pediu a exclusão da tarifa para quem irriga, mas enfrenta resistência das geradoras que ficaram de fazer um estudo sobre o setor.

O estado de Goiás tem 250 mil hectares irrigados. Desde que foi implantada, em janeiro, a bandeira vermelha para a conta de energia elétrica repassa o custo mais alto da geração para o consumidor. Com o aumento da tarifa em abril, a conta praticamente dobrou no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2014. 

– Está pesando, temos que fazer conta, energia não podemos deixar de utilizar, precisamos utilizar esta matéria-prima, mas utilizar no momento certo, na hora certa, para não incidir tanto no nosso produto final. Do jeito que está corremos o risco de não plantar mais, porque o custo vai ficar muito alto – argumenta o gerente da Fazenda Capão Grande, em Cristalina (GO), Leonardo Godim.

Para o presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abid), faltou planejamento e visão do governo sobre a importância de dar suporte à atividade, sem mexer no custo da energia elétrica. 

– A partir do momento que o setor está pedindo melhor distribuição de energia elétrica, pedindo para que esta energia elétrica chegue com qualidade e em quantidade para atender a grande distribuição que é necessária, para que você tenha o fortalecimento da produção. E que tem toda esta dificuldade que essa energia chegue ao produtor, você chega num outro momento e você vai ter que absorver uma pancada muito forte. Falta racionalidade, falta uma visão efetiva do que isso significa de prejuízo para toda sociedade – reforça o presidente da Abid, Helvecio Saturnino.

O diretor de Águas e Irrigação da Associação dos Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba), José Cisino, pede o fim da bandeira vermelha e entregou uma nota técnica ao Ministério da Agricultura, comprovando que os custos aumentaram 312%.

– Vai depender da duração desta tarifa, se ela continuar do jeito que está vai impactar, sim. Provavelmente em algumas culturas até mesmo para redução ou até desativar a irrigação, porque o impacto é forte. Mas nós acreditamos que podemos ter uma solução a médio prazo pra solucionar este problema. Não dá para suportar este impacto – defende Cisino.

O Mapa aguarda o estudo da agência Nacional de Energia Elétrica (Anneel), que está levantando os custos da geração e vai analisar as necessidades dos produtores. 

– Estamos abrindo os custos em termos de aumento de tarifa e o aumento do custo em função da tarifa vermelha, para que possamos discutir com o governo qual saída e qual solução poderá ser dada. Mas uma coisa interessante, por conta de algumas chuvas que já restabeleceram alguns reservatórios, algumas termoelétricas foram desligadas e isso deverá dar rapidamente um desconto de 18% a 10% já na diminuição da conta de energia – promente a ministra Kátia Abreu.

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