Blairo lamenta falta de investimento na Embrapa

“Quem sabe, em um futuro próximo, possamos voltar a ter grandes investimentos na Embrapa para que possamos fazer a diferença”, disse

Blairo Maggi chegou ao parque tecnológico de Cascavel para participar do Show Rural Coopavel no final da manhã desta quinta-feira, dia 9, acompanhado dos organizadores da feira, deputados federais e autoridades locais.

Em seu discurso, o ministro falou com admiração da Embrapa, apesar da falta de recursos. “Eu sempre disse como senador que a Embrapa, para ser competitiva e fazer o enfrentamento diante das grandes multinacionais dos setores, precisaria de um investimento de alguns bilhões de dólares por ano para que a gente possa ter a mesma capacidade técnica e, infelizmente, não temos. Quem sabe, em um futuro próximo, possamos voltar a ter grandes investimentos na Embrapa para que possamos fazer a diferença”, disse.

Blairo também participou do lançamento de plataformas digitais e de novos cultivares. “O mundo todo está cada vez mais tecnológico e na agricultura não é diferente. A tecnologia está embarcando nos tratores, nas colheitadeiras e na forma de fazer gestão e percebemos o ganho de produtividade. Sempre vemos em uma feira como essa um alento aos produtores, demonstrando que a agricultura é o nosso futuro”, disse.

No estande do Banco do Brasil, Blairo lançou o aplicativo “Custeio Digital” onde as propostas são enviadas pelo celular. Na área destinada à Embrapa, ele conheceu uma nova cultivar de feijão, mais resistente à antracnose e à murcha do fusário. Ainda na Embrapa, ele lançou oficialmente o aplicativo “Dr. Milho”, que funciona sem sinal de internet, e orienta o produtor sobre os cuidados em cada estágio da planta.

Safra Recorde e importação do café

Blairo comemorou o levantamento da Conab anunciado hoje, que projeta uma safra recorde de grãos. “O Brasil sempre sonhou em passar os Estados Unidos na produção de grãos e acho que estamos perto disso. Basta eles enfrentarem algum problema com o clima, que isso acontece”, disse.

Sobre a decisão de autorizar ou não a importação de café conilon, o ministro falou das dificuldades da indústria e a necessidade em investir na compra do produto. “A abertura da importação do café não é para derrubar o preço para o produtor internamente e sim para sustentar a indústria, que é um grande parceiro. Não existe agricultura sem a transformação e, por isso, certamente iremos neste caminho e a decisão será tomada até sexta-feira”, disse.