
O confinamento do pecuarista André Reis em Barretos, interior de São Paulo, opera com apenas 40% da capacidade, com alguns piquetes vazios. O problema, segundo ele, está na baixa oferta do boi magro na região.
– A categoria animal entra cada vez mais jovem e a gente tenta produzir mais arrobas no cocho, ou seja, alongamos mais o período de engorda desses animais, tendo o confinamento estratégica de gestão. Com custos competitivos você consegue segurar mais esse animal e produzir mais arrobas nessas carcaças – disse.
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A escassez de bezerros no mercado eleva o preço das categorias de animais mais jovens. Segundo dados da Scot Consultoria, são necessárias cerca de 13,5 arrobas para comprar um boi magro.
– O poder de compra do confinador está menor em comparação com o mesmo período do ano passado, nós tivemos nesse intervalo uma alta de 20% para o boi gordo e na casa de 30%, 35% para o boi magro e o garrote. A gente considera para o invernista a alta para o bezerro ainda maior, na casa dos 40%. Um boi gordo hoje compra menos arrobas de boi magro ou bezerro em relação ao mesmo período do ano passado – afirma o analista da Scot Hyberville Neto.
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Para não reduzir a margem de lucro, o pecuarista investe na compra de animais mais leves e aposta na eficiência do confinamento para produzir mais arrobas em menos tempo.