Produtores de café do Cerrado mineiro têm apostado na construção de grandes reservatórios de água para irrigar as lavouras. A tecnologia é considerada cara, mas traz benefícios que prometem compensar o investimento.
No período da seca, os cafeicultores da região sofrem com a pouca disponibilidade hídrica para irrigar os plantios e, muitas vezes, perdem a produção. Com a dificuldade em criar barragens por causa das áreas de preservação permanente, a solução tem sido construir grandes reservatórios de água nas propriedades. O investimento é alto: cada metro cúbico armazenado pode custar R$ 5.
Na fazenda de Leocarlos Mundim, um dos tanques ocupa área de mais de 4 hectares, onde poderiam ser plantados 16 mil pés de café. No entanto, o reservatório é suficiente para irrigar 230 hectares, praticamente sem custo de manutenção.
De acordo com o gestor de recursos hídricos Fernando Faria, muitos produtores afirmam que conseguem reaver quase todo os recursos aplicados no primeiro ano de safra alta. “Mas, matematicamente, vamos considerar que no máximo em quatro anos você vai conseguir reaver o investimento realizado”, calcula.
O reservatório de Leocarlos Mundim vem sendo usado há mais de dois anos. “A cafeicultura aqui no Cerrado não é viável sem irrigação, que nos dá condições de ter grandes produções e bons índices de produtividade”, afirma o produtor.
Cafeicultores de MG investem em reservatórios para garantir irrigação
Dependentes do sistema de regas para obter alta produtividade, produtores apostam em tecnologia considerada cara, mas que promete compensar o investimento