Cafeicultores tem financiamento de até 4 anos em feira

Evento realizado em Minas Gerais atrai cafeicultores em busca de manejo mais sustentável com boas condições para compra de equipamentos

Fonte: Larissa Pansani/Canal Rural

A busca por um manejo mais sustentável na produção de café atraiu produtores à Feira do Cerrado, em Coromandel (MG). A segunda edição do evento, realizado pela cooperativa Cooxupé, terminou nesta quinta-feira, dia 16, oferecendo condições para compra de máquinas e implementos com financiamento de até quatro anos.

De acordo com o gerente comercial da Cooxupé, José Geraldo Junqueira, o volume de negociação dos fabricantes de equipamentos atingiu R$ 33 milhões, cerca de 10% superior ao do ano passado. O público que visitou a feira foi de 3,5 mil pessoas. 

Um dos motivos para as vendas de tratores terem deslanchado foi a estratégia de elevação do prazo de financiamento de tratores de três para quatro anos. “Apenas (com o volume de) ontem a gente conseguiu atingir o dobro de vendas em relação à última edição”, diz o vendedor de máquinas Wesley Silva.

As empresas de defensivos agrícolas também conseguiram atingir o resultado esperado. Consultor de desenvolvimento de mercado da Bayer, Marcelo Vilela afirma que o diferencial da empresa foi o programa de pontos, em que o produtor acumula valores que podem ser trocados por produtos e serviços. “Quando o produtor faz a compra, ele pode retirar por meio da pontuação o Ticket Car, que ele pode trocar por óleo diesel ou qualquer tipo de combustível que use na lavoura. O retorno pode chegar de 3,5% a 4%, independentemente de qualquer negociação”, afirma Vilela.

A Syngenta, por sua vez, ofereceu aos produtores na Feira do Cerrado a possibilidade de trocar insumos por café. “Embora o mercado esteja em queda, a nossa campanha está com precificações de café muito interessantes”, diz o engenheiro agrônomo da empresa João Godoy.

Ele afirma ainda que a Feira do Cerrado demonstrou um bom crescimento de um ano para o outro. “É uma grande oportunidade para o cooperado da Cooxupé, não só na área de máquinas, mas também em defensivos, para travar seus custos e ter a melhor condição do ano”, acredita o agrônomo.