Com a primeira quinzena do ciclo canavieiro marcada por um menor volume processado, entidades e consultorias apontam uma redução para a safra 2021/22 de cana. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), foram processadas 15,630 milhões de toneladas na safra atual, queda de 30,8% frente ao ciclo anterior.
O diretor executivo da Organização de Associações de Produtores de Canal do Brasil (Orplana), Denis Arroyo, afirma que o principal motivo do menor volume é o atraso na safra.
“Tivemos um início de safra tardio, com um menor número de unidades, e isso devido ao clima seco no ano passado e no verão. Usinas que iniciaram a safra em março e abril acabam postergando as operações para apostar um pouco mais no crescimento e retomada de volume”, explica.
É estimada uma quebra de 5% até 10% para a cana-de-açúcar. Entretanto, os preços devem se manter altos. “O preço deve ser alto porque a safra será muito açucareira. Para o etanol, o preço será bastante pressionado, tanto pela questão de açúcar, quanto por uma safra mais curta, onde o biocombustível não está sendo priorizado”.