Em algumas regiões do Estado, o plantio logo após o vazio sanitário deu bons resultados. Foi o caso de Valdemar Zanella, da Agrícola Zanella, em Campos de Júlio, no oeste de Mato Grosso. Proprietário da Agrícola Zanella, ele encerrou o vazio no dia 15 de setembro, dando início ao plantio de uma variedade superprecoce da oleaginosa, mantendo uma média de 300 hectares por dia.
Em sua região, não houve atrasos. A chuva colaborou e a janela de plantio fechou dentro do cronograma. Agora, colhe a primeira área de soja desta safra no país. A expectativa é de chegar a 60 sacas por hectare.
– A soja vem se estabelecendo bem por causa da normalidade das chuvas, não teve chuva pesada e veio de uma boa janela de plantio. Começamos a fazer aplicação de formicida desde o vegetativo; problemas com lagartas e percevejos também vêm sendo tranquilos – diz o técnico responsável pela lavoura, Marcos Storch.
A preocupação de Valdemar Zanella é com o próximo mês, quando será colhida a maior parte dos 8 mil hectares da propriedade.
– No mês de janeiro, 70% da lavoura vai ser colhida. O clima preocupa, mas nós estamos estrutura boa, temos máquinas boas também. Não tenho medo, não – afirma Zanella.
O filho do proprietário da fazenda, Elton Zanella, não fez venda antecipada dos grãos e está apostando no mercado daqui para a frente.
– Estamos aguardando a colheita e a flutuação do dólar para ver o que pode acontecer. Creio que vai ter clima bom para a soja, com sol bom para colher com qualidade – diz ele.