O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta quinta-feira, 19, durante um evento com líderes governamentais e empresariais, que vai cortar tarifas e assinar mais acordos de livre comércio, de acordo com a mídia estatal.
O líder chinês ainda acrescentou que a segunda maior economia do globo não vai buscar o “desacoplamento” em relação à economia americana, a maior potência mundial.
O crescimento da demanda da China por carne suína desacelerou recentemente e os volumes de importação de outubro voltaram aos níveis de fevereiro, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas do país. Isso porque a produção chinesa vem se recuperando, assim como aumentam as preocupações dos consumidores com a presença do novo coronavírus em embalagens de alimentos que chegam de outros países.
Para o ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura Benedito Rosa, as exportações brasileiras para a China vão sim cair, mas de forma gradual. “A China antes da crise causada pela peste suína africana contava com 430 milhões de cabeças de suínos, com a doença 100 milhões de cabeças foram eliminadas. O abastecimento interno a China é algo que de uma importância que ainda não sabemos avaliar e, por isso, eles continuarão fazendo um esforço enorme para repor rapidamente esse plantio”, afirma.
De acordo com Benedito Rosa, o plano chinês terá impacto para o mercado brasileiro. “Infelizmente haverá uma diminuição da nossa exportação para a China, não só do Brasil, mas de outras nações à medida que a ela vai repondo o seu rebanho. A dúvida é quanto tempo a China leva para repor o estoque. Daí fica o alerta para os nossos suinocultores, pois haverá uma diminuição dessas importações, que ocorrerão de forma lenta e gradual e não abruptamente”, ressalta.