O Brasil começou a questionar a União Europeia na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre como a França está ampliando a produção de soja. Os questionamentos do Brasil apresentados no Comitê de Agricultura da OMC, são se o crescimento acontece de maneira sustentável e se os subsídios usados no programa francês são legais.
Em janeiro deste ano, o presidente da França, Emmanuel Macron, publicou um vídeo nas redes sociais onde critica a produção brasileira e relaciona a soja produzida aqui no país ao desmatamento da Amazônia.
Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Celso Grisi, existe um componente político nesse pedido . “Macron fez acusações descabidas em relação à soja do Brasil, tentando ligar nosso produto ao desmatamento. O Brasil respondeu questionando como a França passou de 63 mil toneladas em 2018 para 428 mil toneladas no ano passado. Se houve degradação dos recursos naturais, ou como usou a água e componentes químocos”, disse.
Cana-de-açúcar indiana
Conforme dados contabilizados até 31 de março, as usinas da Índia produziram 27,75 milhões de toneladas de açúcar na safra 2020/21, que começou em 1° de outubro. O volume é 19% maior na comparação com o mesmo período da temporada passada.
Segundo o informativo, as usinas fecharam contratos para exportar de 4,5 a 4,6 milhões de toneladas de açúcar até agora. Ainda de acordo com o relatório, o atraso no início da moagem de cana nas usinas do Centro-Sul do Brasil abre espaço para o avanço dos contratos de exportação indiana nos próximos 30 a 60 dias.
‘A Índia terá uma faixa de mercado internacional e estaremos ausentes por causa do atraso da nossa moagem, em razão de programas climáticos. Na próxima safra, no entanto, a Índia tem que tirar os subsídios para o açúcar e álcool para ficar competitiva nesse mercado. O Brasil, no gesto de grandeza, leva tecnologia e conhecimento para que a Índia possa se tornar um grande produtor de açúcar a preços competitivos”, completou Grisi.