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Cenário de volatilidade deve ser o mote para a semana, diz economista

Além de possível ação conjunta de bancos centrais do mundo para tentar reduzir os efeitos do coronavírus, PIB do Brasil e dados do mercado de trabalho dos EUA devem movimentar investidores

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu nesta segunda-feira, 2, a previsão de crescimento da economia mundial em 2020. No último relatório, a expectativa era de 2,9% e agora a estimativa de expansão da atividade econômica é de 2,4%, menor patamar desde 2009.

O impacto do novo coronavírus na redução da produção chinesa foi apontado como responsável pela diminuição. Para a China, a OCDE projetou redução no crescimento da economia de 5,7% para 4,9% neste ano. Já para o Brasil, a projeção de crescimento foi mantida em 1,7% em 2020.

Apesar de a segunda ter sido mais calma nos mercados financeiros do mundo, alguns fatores devem manter o cenário volátil ao longo desta semana. O economista Jason Vieira afirma que notícias de possível ação conjunta de bancos centrais para tentar reduzir os efeitos do coronavírus.

“O problema é ainda que não há sinalização concreta de como isso pode acontecer. Já há sinais de que pelo menos nos Estados Unidos vai haver movimentação de juros. Aqui no Brasil já se advoga por corte de juros, ainda que o Banco Central não tenha sinalizado nesse sentido porque não se sabe os impactos na economia brasileira”, diz.

Outros fatores que devem colaborar com o cenário de volatilidade são as divulgações de dados econômicos nesta semana. Isso porque no Brasil será anunciado o Produto Interno Bruto (PIB) e nos EUA, dados do mercado de trabalho. “Tudo isso deve chamar a atenção e incrementar a volatilidade. O cenário volátil deve ser o mote”, projeta.