Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

China deve investir em infraestrutura no Brasil

Exportadores de carnes esperam mais mercado chinês para os produtos brasileirosMais de 30 acordos bilaterais devem ser assinados durante a visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, que chegou ao Brasil nesta segunda, dia 18. O principal foco é infraestrutura e logística, mas os exportadores de carnes também esperam boas notícias destes encontros.

Fonte: Appa

Há um interesse muito grande da China em investir em portos, ferrovias e rodovias no Brasil, e esses acordos já devem fazer parte de mais uma etapa do plano de concessões que a presidente Dilma Rousseff iria anunciar semana passada e adiou para junho.

A visita do primeiro-ministro começa oficialmente na terça, dia 19. Participam da comitiva mais de 100 empresários, que irão se reunir com autoridades, executivos brasileiros e representantes de diversos setores da economia, inclusive do agronegócio.

O advogado, especialista em infraestrutura, Bruno Werneck, do escritório Mattos Filho, aponta que o projeto, vislumbrado pelos chineses, está previsto nas obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) desde 2008, mas ainda não saiu do papel. A expectativa é que o capital chinês alavanque as obras e seja mais um canal para exportação de grãos do Brasil para um dos principais parceiros comerciais do país.

– A participação mais ativa do capital chinês é muito bem-vinda. A orientação do Estado para investir no Brasil vai fazer com que muitas empresas chinesas venham para cá. O capital chinês é menos focado em taxa de retorno do que o dos países capitalistas, e os investidores chineses aceitam correr mais riscos do que a média.

Werneck, no entanto, não aposta muito na entrada de mão de obra chinesa junto com os investimentos no Brasil.

– O Brasil é um país duro em relação a mão de obra estrangeira. É possível que o Brasil ceda muito pouco, o governo tem sido muito firme nesse aspecto. Na prática, a gente quer o capital e não quer a mão de obra chinesa por aqui.

Carne bovina

É esperada para esta visita a assinatura de um protocolo sanitário para agilizar a volta das exportações de carne bovina para a China. Na prática, é a formalização do fim do embargo chinês à carne bovina brasileira, que ocorreu em 2012, depois de um caso atípico de Mal da Vaca Louca, em Mato Grosso.

A expectativa é que, depois dessa formalização, o Brasil comece a se reposicionar no mercado chinês com a exportação não só de carne in natura, mas também de processados. Para isso, já há uma missão confirmada pela Agência de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex) com a Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec), que acontece entre os dias 9 e 12 de junho.

Oito novas plantas de frangos e suínos devem ser liberadas para exportação para a China. A expectativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é de que a exportação de frango, hoje em 300 mil toneladas ao ano, aumente em mais de 100 mil toneladas com essas unidades.

Li Keqiang deve falar com a imprensa por volta do meio dia nesta terça, depois das reuniões e assinaturas dos acordos. Na quarta, dia 20, ele estará no Rio de Janeiro e, de lá, parte para uma viagem pela América do Sul, passando pela Colômbia, Peru e Chile.

Sair da versão mobile