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Chuva prejudica quase 9 mil hectares de arroz no RS

O prejuízo em uma das fazendas atingidas foi de 90 sacas por hectare em uma lavoura que ele esperava 160 sacas por hectare

Fonte: Sebastião José de Araújo/ Embrapa Arroz e Feijão

Quase nove mil hectares de arroz foram prejudicados no Rio Grande do Sul por causa da chuva de granizo desta semana. Alguns produtores perderam mais da metade da produção, com é o caso do produtor de Eldorado do Sul Davenir da Silva Santos.

“O temporal começou no dia 28 de fevereiro e logo em seguida veio o granizo. Foram cerca de 40 minutos de chuva com perda, o que prejudicou bastante a nossa lavoura”, contou.

O prejuízo é de 90 sacas por hectare em uma lavoura que ele esperava 160 sacas por hectare. As máquinas já estavam prontas para iniciar a colheita, mas tudo mudou por causa do clima.

Só nesta região, o granizo causou danos em pelo menos 8 mil hectares segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Com isso, a colheita deve ficar 30% menor, já que a maioria das lavouras estava na fase de enchimento de grãos.

Na lavoura do Edemilson Simoni as pedras também causaram estragos, mas ele se diz um pouco mais aliviado, já que o seguro privado cobre esse tipo de dano. “A gente vai depender da avaliação deles (da seguradora), mas o dano foi grande. Eu calculo que seja 95% de perda, com áreas chegando a até 100%”, disse Edemilson.

O caso do produtor é minoria, já que a maioria dos agricultores contam com o seguro do Irga, que cobre apenas o custo de produção e não o prejuízo. De qualquer forma, é uma alternativa para poder amenizar a perda causada pelo clima. “Usando o preço mínimo, teremos um prejuízo de quase R$ 2 milhões. Precisamos ser indenizados”, falou o produtor Cristiano Martins.

De acordo com Irga, muitos produtores já entraram em contato para comunicar o sinistro e isso deve ser feito o quanto antes. “Nossos técnicos vão a campo para avaliar o remanescente da lavoura, ou seja, o quanto o produtor ainda vai colher. Nós estamos a campo já há três dias e vamos continuar acompanhando as lavouras para que se cumpra esses prazos e que o produtor consiga receber essa indenização, desde que ele se enquadre nos parâmetros necessários. Queremos que o produtor receba essa indenização entre agosto e setembro”, disse o coordenador regional de Planície Costeira Interna do Irga, Ricardo Machado Kroeff.

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