A chuva acima da média em novembro garantiu umidade ao solo e bom desenvolvimento do milho em São Paulo. Isso tem animado os produtores do estado. A disponibilidade de produto está relativamente pequena e isso sugere que os produtores terão o primeiro trimestre de 2016 com preços favoráveis. Talvez até melhor do que no mesmo período de 2015.
“A venda agora está muito positiva. São praticamente os melhores preços do ano. Quem vender agora vai fazer um bom negócio. Se segurar por um dois meses também não é uma atitude ruim”, diz o consultor de mercado Flávio França Junior.
Na propriedade do produtor de milho Edilson Donizete, na cidade paulista de Mogi Mirim, em quinze dias espera-se que as espigas estejam completamente formadas. O solo está bem úmido depois dos 250 milímetros de chuva em novembro, 75% mais que o esperado para o mês. O plantio foi feito no início de outubro, e a previsão de colheita é para o começo de março. Nenhuma praga apareceu por enquanto e, se tudo continuar ajudando, a expectativa é produzir até 150 sacas por hectare.
Em outra propriedade de Mogi Mirim, o plantio aconteceu em meados de outubro. Por isso as plantas estão com cerca de 1 metro. Um pouco menores do que as da lavoura de Donizete, mas o desenvolvimento também está indo muito bem, graças às chuvas acima da média em novembro. Dono da terra, o produtor Leonel Bernardi está bem confiante.
Ele espera produzir 180 sacas por hectare. Lembra que dois anos atrás faltou água e que, em 2014, foi grande a quebra na produção. Se continuar chovendo acima da média, ele estima que pode ocorrer algum tipo de fungo. “Mas, por enquanto, a chuva não tá atrapalhando não”, diz.