No período de julho a outubro, que marca os primeiros quatro meses da safra 2020/2021 da laranja, as exportações fecharam com um volume de pouco mais de 319 mil toneladas, queda de 19% em relação ao mesmo período da safra passada. Em faturamento, as exportações somaram US$ 458 milhões no período, 33% menor em relação à 2019.
De acordo com o diretor-executivo da Citrus BR, Ibiapaba Netto, a exportação menor tem ligação com a safra cheia que ocorreu na temporada passada. “No ano passado, que foi ano de safra grande, houve uma movimentação muito grande de estoques. Precisa tirar esse suco no Brasil, para armazenar a safra nova. E os estoques estavam baixos na Europa. As empresas exportaram mais suco nesse período, mas em relação ao ano passado, não houve necessidade de movimentação desses estoques. Temos que esperar o decorrer da safra para ver como fica de maneira geral”, disse.
Sobre o consumo, ele explica que houve um aumento por parte do consumidor, mas uma queda por causa do fechamento dos restaurantes. “Pelo que a gente tem conversado com as empresas, aparentemente esse é um movimento que continua, mas o setor de foodservice, que é o que se consome fora de casa, continua muito abaixo. Uma pela outra, a gente percebe uma demanda levemente positiva, mas sempre sujeita à mudanças”, finalizou.