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Clima gera queda de produtividade da soja na Bahia

Estimativa de 56 sacas por hectare é prejudicada pela umidade e recalculada para 48A chuva das últimas duas semanas prejudicou a colheita das lavouras de soja na região oeste da Bahia. Até agora, pouco mais de 20% da safra do estado foi colhida. Além do atraso, a umidade elevada vem prejudicando a produtividade e a estimativa média caiu de 56 para 48 sacas por hectare. 

Fonte: Canal Rural

Em algumas lavouras o prejuízo é visível, grãos com menos peso, produção menor. Nesta temporada, a área com o grão no estado cresceu 110 mil hectares. A soja ganhou pelo menos 45 mil hectares de espaço deixado pelo milho, por causa do preço baixo na hora que o produtor planejou o plantio da safra atual. O crescimento de 8,4% na área de soja é bem acima da media de 3% dos anos anteriores. O grande desafio está na produtividade, mais uma vez os agricultores contabilizam perdas por causa da falta de chuva no início do ano. 

A safra baiana começou com a perspectiva de atingir uma média de 56 sacas por hectare, recorde atingido na safra 2010/2011. No ano passado, o veranico durou 40 dias, este ano, a média em diferentes regiões, foi de 25 dias de estiagem.

– A gente está com uma projeção de produtividade de 50 sacas, deve ficar um pouco abaixo entre 48 e 50. Mas muito melhor do que no ano passado, que a gente teve um veranico muito maior, a gente fechou 42 e este ano 48, 50, com certeza – Luiz Stahlke, assessor de Agronegócio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). 

De acordo com o assessor, o custo de produção estabilizou em R$ 2300 por hectare e os gastos com o combate às pragas já estão embutidos na conta. 

– A gente continua combatendo a Helicoverpa armigera e a falsa medideira que continuam presentes. Estamos convivendo com ela e graças ao nosso programa fitossanitário a gente tem conseguido conviver. Aumento de custo, claro. o que esta provocando preocupação não só na soja, mas em todas as culturas é a mosca branca, que está presente desde o início das culturas. Então, precisamos rever como vai ser definido o combate à mosca branca – relata Stahlke.

O produtor Astor Stein fez entre quatro e cinco aplicações preventivas contra a ferrugem. No caso da mosca branca, que atacou de surpresa na safra passada, o produtor já estava mais preparado.

– Usamos produto de primeira linha, que está um ano, dois no mercado. Então, aquilo fez a diferença, que este ano a mosca também foi um controle mais fácil, só que o custo ficou mais alto – conta o produtor rural.

Stein colheu 60% da área de mil hectares. Investiu para ter produtividade de 75 sacas por hectare, mas está preocupado e já baixou a estimativa para 60 sacas.

– Onde faltou menos chuva, com 25 dias até a produtividade surpreendeu pra cima, mas na outra área, onde a chuva foi mais de 35 dias, aí a produtividade caiu abaixo da expectativa – diz.

Para os produtores da Bahia, as incertezas na economia deste ano só devem refletir na próxima temporada. 

– Com a incerteza neste início de ano que a gente teve aumento de energia, aumento de combustível, o dólar teve um aumento muito grande, a gente não sabe como isso vai repercutir, mas com certeza é aumento de custo para o produtor e dependendo do que vier do Plano Safra, aí a taxa de juros também vai ter acréscimo de custo, então precisamos ver como está este cenário – reflete o assessor da Aiba.

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