
O forte calor e o excesso de chuvas em março, quando começa o cultivo de batatas, gerou um choque térmico na maior parte dos tubérculos e acabou prejudicando a produção.
Em condições normais, Vargem Grande do Sul e os municípios vizinhos, na região de Campinas, plantam 13 mil hectares do tubérculo. Isso representa cerca de 90% da produção de inverno de São Paulo, e 60% do Brasil. Estima-se que o problema tenha gerado queda de 10% na área plantada.
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Para o gerente geral da Associação Brasileira da Batata (ABBA), Natalino Shimoyama, o atraso no plantio pode gerar escassez do produto em julho e excesso nos meses seguintes.
– Nós tivemos uma certa concentração do plantio no final de março, entrando abril, isso significa que a partir de agosto essas regiões devem começar a colher e, consequentemente, a oferta tende a aumentar a partir de agosto. O auge deve ser setembro outubro – diz ele.
A volatilidade dos preços no mercado leva muitos produtores a se protegerem. No ano passado, quando o preço da saca de 50 quilos chegou a R$ 8, muitos produtores resolveram investir em variedades para a indústria, mercado que não registra muita oscilação.