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CNA pede publicação imediata do novo regulamento de inspeção sanitária

Para Confederação, alterações solicitadas pelos setores podem ser feitas posteriormente, com instruções normativasA entidade defende que as mudanças nas normas de inspeção sanitária solicitadas por cada setor podem ser feitas depois por meio de instrução normativa.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pede a publicação imediata do novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa).

A minuta do decreto que altera as normas da inspeção sanitária de produtos de origem animalm chegou até a Casa Civil no ano passado, mas retornou e foi encaminhada para os Ministérios da Pesca e do Desenvolvimento Agrário e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com pedido de sugestões. 

Na semana passada, uma minuta foi encaminhada para entidades de diversos setores com prazo de dois dias para análise e envio de sugestões – o que gerou desconforto em segmentos como o mel e a pesca, que reclaram do pouco tempo. Mesmo assim, a maioria dos segmentos quer que a atualização do Riispoa saia o mais rápido possível.

Foi o que constatou a CNA, que fez uma força tarefa e mobilizou todas as federações estaduais de agricultura para a leitura da minuta por segmento. E vieram resultados, de acordo com o superintendente técnico-adjunto da CNA, Bruno Lucchi. No leite, por exemplo, há uma sugestão para que os parâmetros dos sólidos sejam equiparados aos do Mercosul, para garantir a competitividade dos laticínios do Brasil frente aos parceiros sul-americanos.

Entre as sugestões encaminhas através da CNA estão a flexibilização de determinados parâmetros técnicos. A ideia é que sejam remetidos para regulamentos posteriores, ou seja, quando a tecnologia evoluir, basta uma instrução normativa para adequar o regulamento.

Com relação ao setor de carnes, o foco está no autocontrole. De acordo com Lucchi, os frigoríficos precisam de uma legislação mais dinâmica, menos burocrática, para que o Brasil não tenha prejuízos na hora de fechar acordos de exportação.

– Para não perdermos oportunidades como ocorreu recentemente com a Rússua. Somente em adaptação de processos e normas burocráticas perdemos quase um mês de exportação para aquele país.

Mesmo com mudanças, faltarão fiscais

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), mesmo com novo regulamento, para atender somente o setor de carnes o deficit chega a 600 fiscais. A discussão, que foi ampliada a partir da criação de um grupo de trabalho em 2007 para revisar as normas, vem prorrogando a atualização do regulamento de inspeção.

– Se considerarmos que este assunto foi retomado agora, o prazo de avaliação é curto. Mas nós estamos debatendo este assunto há oito anos. É necessário que a gente tenha um documento publicado para debater depois, se tiver algum ajuste. Alguns segmentos se dizem satisfeitos, outros reclamam de alguma situação, mas na realidade é preciso que aconteça a publicação deste decreto para regulamentar melhor os setores – aponta o presidente da Anffa, Maurício Porto.

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