A maior feira de zebuínos do mundo começou neste fim de semana em Uberaba, Minas Gerais. A Expozebu teve recorde de animais inscritos para julgamentos e,nos nove dias de evento, devem ser movimentados R$ 150 milhões. A edição deste ano contará com 100 expositores e 21 leilões.
“Uma coisa que vai somar muito a esse resultado é a presença de criadores de mais de 30 países. Existe um interesse muito grande, principalmente da Índia que é o berço do Zebu para importação de material genético do Brasil, tanto para o melhoramento na produção de carne quando do leite”, aponta o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Arnaldo Borges.
Além da expectativa de crescimento de 20% no volume de negócios em relação ao ano passado, o número de animais inscritos para julgamentos aumentou 15% na comparação com 2016. As novidades também são muitas.
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“A pista de avaliação tem um novo nome, agora é recinto de avaliação. O jurado faz a avaliação fenotípica e depois vem a parcial de cada categoria para escolher os campões. Outra novidade do julgamento é o retorno do modelo frigorifico, que será julgado nas categorias de 16 até 20 meses. Para o modelo frigorifico, a grande ferramenta é a avaliação através da ultrassonografia da carcaça”, conta Valdecir Marin.
Além dos julgamentos, um destaque da feira é o curso de como aumentar o lucro na comercialização de carnes em tempos de recessão econômica. O especialista Marcelo Bolinha mostrou que cortes não tão tradicionais podem ser aproveitados, ainda mais em um momento de crise.
“Dizemos que animais de primeira não tem carne de segunda, mesmo o músculo ou a carne de pescoço por ter tempo de cozimento maior, ele não pode ser considerado de segunda e sim considerados cortes. Existe certa defesa de certas raças, mas o que manda mesmo em ser boa para açougue é um volume de carne com menos gordura. Um volume de carne com mais gordura que dá churrasco, que dá sabor, por exemplo. A maciez se dá com raça e precocidade, então o manejo, o produtor fazendo o dever de casa correto, trabalhar com carne é só o resultado final”, analisa.
