Depois de atingir preços históricos, o mercado do feijão está mais estável, o que é uma boa notícia para o consumidor, mas não tão boa para o produtor que investiu nesta safra já de olho em preços mais rentáveis. Para o produtor Giovani Tobias, de Itapetininga, no interior de São Paulo, a expectativa é para vender, no mínimo, R$ 250 a saca.
“A intenção, quando nós plantamos, era de R$ 250 a R$ 300, como o clima está correndo bem, vamos ver o que acontece até o final da colheita”, disse Tobias Se conseguir o preço esperado, o produtor pretende comercializar a safra assim que fizer a colheita, mas, caso isso não aconteça, ele vai segurar a produção.
“Eu vou segurar pra vender na hora certa, na hora que o mercado der uma reagida, porque o feijão abaixo de R$ 200 fica muito perto do custo”, falou.
Depois de bater recordes históricos, o preço do feijão carioca agora está em queda. Segundo especialistas, a demanda e oferta regularam os valores nos últimos meses e o cenário, de algum tempo atrás, com a saca sendo comercializada a R$ 550 reais, não deve se repetir. “Não vejo, nem para esse ano, nem pro ano que vem. A gente começa uma nova colheita e, evidentemente, o consumidor que já viu o preço descer não vai querer voltar a comprar feijão a R$ 500,00 a saca. Então, eu acredito que a demanda é que faz resolver a questão do preço”, disse a analista de mercado Sandra Hertzel.
Os fatores climáticos também contribuíram para a queda do valor da saca e, segundo o agrônomo Benedito dos Santos, choveu o necessário para o desenvolvimento das plantações. “Na nossa região o feijão está indo muito bem por causa da chuva e do calor. A expectativa, até agora, é boa.”