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Na contramão do país, Minas Gerais desponta na exportação de lácteos

Por outro lado, importações de leite em pó tiveram fortes altas

As exportações brasileiras de produtos lácteos continuam em queda. A alta do dólar não foi suficiente para aumentar a competitividade no mercado externo. Foram registrados quase US$ 50 milhões a menos nas exportações de lácteos de janeiro a julho deste ano, redução de 25,9% sobre o mesmo período de 2014. Se o saldo da balança comercial de lácteos é negativo, em Minas Gerais a situação é diferente. O estado exportou US$ 85 milhões nos primeiros sete meses do ano, 23,4 % a mais em relação ao mesmo período de 2014.

Nos primeiros sete meses do ano, o país registrou um déficit de US$ 101,6 milhões na balança comercial de lácteos, o que representa 358 milhões de litros de leite. O desempenho do setor só não foi pior porque aumentaram as vendas de leite em pó integral para a Venezuela.

– A Nova Zelândia, que detém de 35% a 40% do mercado mundial de lácteos, só detém porque tem competitividade. O Brasil possui uma grande oportunidade de abraçar parte desse mercado porque nós somos o único país do mundo, na minha opinião, que pode aumentar expressivamente a produção para atender os ditos 40% de aumento na demanda por alimentos até o ano de 2050 – pontua o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim.

Se por um lado as exportações de produtos lácteos apresentaram queda, por outro lado, as importações de leite em pó, principalmente da Argentina e Uruguai, registraram aumentos expressivos. A entrada desses produtos no país pressionou os preços do leite no mercado interno.

– A balança comercial, que no ano passado foi pouco relevante para aportar leite no Brasil, esse ano está sendo importante. Se a produção reduziu 1% com a balança comercial, nós aumentamos 2,3% o volume de leite no mercado, então nós temos uma oferta de leite maior do que estava no ano passado – afirma o consultor de mercado, Marcelo Pereira de Carvalho.

SITUAÇÃO É DIFERENTE EM MG

Os lácteos são responsáveis por 3,2% do total das exportações mineiras. Para aumentar a competitividade da pecuária leiteira, o governo estadual estimula a participação de programas como oMinas Leite. O projeto foi criado em 2005 para auxiliar o gerenciamento de pequenas propriedades rurais. Atualmente, são quase 1,5 mil produtores cadastrados em 492 municípios do estado.

– Esse projeto é uma parceria entre a secretaria de agricultura do Estado e a Emater, com conhecimento o produtor consegue gerenciar melhor a propriedade e ele nao gasta nada por isso. Ele se organiza, sabe o quanto gasta e quanto é a renda dele e faz investimentos planejados – destaca o coordenador técnico da Emater-MG, Wilson Marajó.

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