Na COP26, maior conferência sobre mudanças climáticas do planeta, o Brasil está no centro das discussões globais e também tem espaço de destaque dentro do evento. Governo e entidades discutem formas de atingir as metas que foram determinadas no Acordo de Paris, em 2015. O assunto de destaque desta quarta-feira (3) foi o financiamento para que países menos desenvolvidos consigam atingir as suas metas.
“O financiamento agora cada vez mais tem que ter o selo ambiental, social e governança, ou seja, os critérios de sustentabilidade, para que sejam viáveis”, lembra a CEO do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. “Porque, se a gente tem um objetivo de o mundo inteiro ter neutralidade climática em 2050, é preciso saber qual o dinheiro que a gente precisa para chegar lá. As iniciativas estão sendo desde novos aportes de recursos até o redirecionamento de recursos que já existiam para essa finalidade”, complementa.
Marina Grossi afirma ainda que o Brasil tem interesse em um plano de ação concreto sobre a questão da mudança climática. “Queremos que seja delimitado com muita clareza o que tem que acontecer até 2021, até 2020… Porque 2050 fica distante”.
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A CEO do CEBDS afirma que o Brasil pode alavancar o ingresso de recursos por meio de crédito de carbono. “A gente tem até US$ 72 bilhões que podemos receber até 2030 em créditos de carbono, pois somos os grandes ofertantes para isso”, diz ela.
Governadores de diferentes partes do país participam da COP26 representados pelo chamado consórcio Brasil Verde. “O consórcio é um instrumento de debate da política de mudança climática no Brasil e fora do país, tanto que a gente está aqui hoje com 12 governadores participando para colocar a visão dos governadores que têm o objetivo de ajudar o Brasil a alcançar seus objetivos de descarbonização “, diz o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
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