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Cratera de 15 metros de profundidade paralisa tráfego de caminhões na BR 364

Rompimento de bueiro em trecho da estrada em Mato Grosso obriga veículos a fazerem desvio de cerca de 150 kmUm trecho da BR 364, uma das principais rodovias para o escoamento da safra de grãos do país, está intransitável para caminhões, obrigando motoristas a um desvio de cerca de 150 quilômetros.

Uma cratera de 15 metros de profundidade se formou na rodovia. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), o que originou o problema foi o rompimento de um bueiro usado para o escoamento de água. Nesse trecho, estão sendo realizadas obras para duplicação da rodovia. Parte da pista acabou cedendo, dando origem a um buraco de 15 metros de profundidade por 20 metros de comprimento. A cratera tem obrigado os caminhões a fazer desvios e já provocou acidentes.

Na virada do ano, o estudante Sávio Henrique Alves Prates sofreu ferimentos ao passar com sua moto no local, que está entre os municípios de Jucimeira e Rondonópolis, a 164 quilômetros de Cuiabá. Prates se acidentou ainda quando a pista começava a ceder, e sofreu escoriações nas pernas, nos braços e no peito. O estudante não foi a única vítima.

– Eu e meus amigos tentamos avisar o carreteiro que vinha logo atrás, só que ele freou um pouco e não conseguiu parar, jogou [o caminhão] na contramão pensando que era acidente ou assalto, e deixou a carreta descer. Quando viu, ele já estava dentro da cratera. Foi muita sorte ter escapado – disse o estudante.

Reconstrução

A empresa contratada pelo DNIT para fazer os reparos na BR 364 informou que está tomando as providências para recuperar a estrada. Segundo o superintendente regional do departamento, Luiz Antônio Garcia, equipes estão trabalhando no local desde 1º de janeiro. Nesta quinta, dia 9, está prevista a conclusão da reconstrução do aterro que foi atingido no local, utilizando-se uma camada de rocha. Até domingo, dia 11, a obra toda deverá estar finalizada, caso não ocorram chuvas fortes que exijam a paralisação dos trabalhos, diz Garcia.

As obras de duplicação que estavam em andamento no local são criticadas pelos usuários da rodovia.

– Fizeram uma passagem de água muito pequena. Eu passei ali no dia 31 [de janeiro], tinha uma represa grande ali. Hoje eu estou voltando e aqui está o buraco – afirma o caminhoneiro Gilberto Batista de Souza.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Jaciara, Ereno Giacomelli dos Santos, o problema deve se agravar com a chegada da safra de soja e o plantio da safrinha de milho. Para carregar a soja e trazer adubos, é preciso fazer um desvio de por outra rodovia, alongando o trajeto, elevando o custo do frete e causando atrasos na entrega de produtos.

– Ficou complicado. [O trajeto]  aumentou em torno de 140 a 170 quilômetros, indo por Primavera do Leste e Campo Verde. No desvio pela estrada de chão, são três horas a mais, fora os riscos para o caminhão – disse o caminhoneiro Lucas Silva.

O também caminhoneiro Gilberto Batista de Souza queixa-se de que há pouca sinalização indicando o bloqueio e a necessidade de fazer desvios.

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