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Crise afeta compra e venda de frutas para ceia de Natal

Situação financeira do país afeta diretamente as vendas de produtos para festas de fim de ano 

Fonte: Pixabay/divulgação

Perto do Natal e com pouco dinheiro no bolso, o brasileiro vai às compras em busca de qualidade e preços atrativos. No maior entreposto de frutas, verduras e legumes da América Latina, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o consumidor tem levado menos, mas não abre mão dos sabores variados das frutas na ceia. 

Se o consumidor pechinchar e pesquisar, pode levar frutas boas para casa a preços baixos. A cereja, por exemplo, está 25% mais barata. O motorista Severino Gomes da Silva teve que percorrer 30 km para comprar pitaia e garantir uma mesa cheia na noite de Natal. 

“Valeu a pena vir pelo preço, porque paguei R$ 50 em cinco pitaias, que são grandes e muito bonitas. Eu fui ver semana passada e o preço de seis pitaias era R$ 120. Aí eu não comprei e deixei para vir hoje”, comentou.

Já a professora Márcia Balbino destaca a qualidade das frutas encontradas no local. “Não está tão caro e as frutas daqui são de qualidade, por isso vim comprar aqui. Acho bonito, a mesa fica mais elegante”, aponta. 

Apesar da tradição brasileira de ter frutas na ceia, o movimento está abaixo do esperado nas principais bancas da Ceagesp. A vendedora Alexandra Leandra dos Santos afirma que o número de compradores está baixo em 2016. 

“O movimento este ano está fraco em relação aos anteriores, que foram bem melhores. Não dava nem para caminhar”, conta. 

Como a baixa demanda já era esperada, muitas bancas se planejaram para diminuir a margem e atrair o consumidor com preços mais acessíveis. Na importadora do empresário Mário Benassi, a estratégia deu certo, e as vendas nos primeiros dias de dezembro já chegaram a 25% de aumento em relação a 2015. 

“Para conseguirmos vender, a nossa margem de lucro não chega a 2%. Se nós cobrarmos muito, os nossos clientes não sobrevivem. Então, vamos dividir o sacrifício junto com todo o povo”, afirma. 

Os preços mais atrativos também são a aposta de algumas redes de supermercados. Arlei Silva é comprador e tem a esperança de que as vendas reajam nos próximos dias. 

“Tentamos fazer umas promoções nos últimos dois dias para chegar a, quem sabe, 5% de lucro, talvez 10%. Mas como o mercado está um pouco complicado, se igualar, já está bom pra nós”, diz. 

Como em todos os anos, o consumidor precisa estar atento à variação de preços de um ponto de venda para outro. Mas algumas frutas, como a nectarina e as uvas, estão mesmo mais caras por causa da oferta reduzida.

Já quem gosta de ameixa, principalmente as importadas, pode abusar na compra para a ceia: elas estão 20% mais baratas do que no Natal passado. Outra fruta que tem surpreendido é a cereja, que costumava ter preços mais altos. 

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