A China divulgou dados de crescimento abaixo do esperado. A segunda maior economia do mundo se recuperou da pandemia, mas a recuperação está perdendo fôlego. O Produto Interno Bruto da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre deste ano.
Problemas de abastecimento, escassez de energia e impactos dos setores de construção civil e tecnologia estão entre os motivos da desaceleração da economia chinesa. No acumulado deste ano, o PIB da China acumula alta de 9,8% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A previsão dos economistas é que o país atinja a meta anual de crescimento do PIB, fixada em março em ao menos 6%.
Segundo o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a comparação com o Brasil se dá que em 2020 o Brasil teve uma queda do PIB de 4,8%, enquanto a China teve uma alta de 2,3%. “Essa diferença semelhante de crescimento de 2021, se nós caímos muito, o pouco que a gente sobe acaba tendo uma repercussão negativa, é um questão mais estatística do que de crescimento”, diz Daoud.
O comentarista ainda expõe que a China começou com uma mão de obra muito barata, com isso 350 empresas dos Estados Unidos transferiram sua força de trabalho para o país asiático. “Hoje, se você olhar mais de 90% dos produtos vendidos do Walmart e mesmo na Disney, são produzidos na China. E agora a China está tendo um impacto pelo lado da oferta de aumento de custo da energia, na cadeia de oferta e isso vai acabar elevando os produtos que foi o que segurou a inflação no mundo e que permitiu um crescimento estável, e isso tem um impacto na economia”, afirma.