O ministro de minas e energia, Bento Albuquerque, disse nesta quinta-feira, 29, que o Brasil precisa aumentar a oferta de outros tipos de matrizes de energéticas limpas, além das hidrelétricas para não ficar tão vulnerável durante os períodos de seca e destacou o crescimento da geração eólica.
Segundo o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a matriz energética do Brasil comparada com outros países do mundo é a que menos emite carbono devido às usinas hidrelétricas. No entanto, ressalta um problema. “Nossa quantidade de geração de energia não é suficiente para um país que vai crescer nos próximos anos”.
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Daoud cita que para investir em energia eólica e solar precisa de vento e sol, mas na questão da energia solar tem um imbróglio a ser resolvido, se ela vai entrar na rede atual ou não.
“Nesse sentido, o Brasil corre um grande risco de não ter energia, caso o país venha a crescer como muitos economistas vem imaginando, pois a demanda por energia vai crescer. Nós estamos vivendo uma crise hídrica que não é passageira, vai ter ano que vem com consequências e sequelas deste ano, sendo maiores no ano que vem”, alerta Daoud.
O comentarista aponta que o mundo vai investir 2,5 trilhões de dólares na energia do hidrogênio. Sendo uma energia cara, mas que diante do compromisso dos países em ter emissão de carbono zero até 2050, é uma das alternativas.
“O Brasil precisa sim procurar alternativas. As alternativas são a energia eólica e solar, mas nós temos que ter investimentos, para isso precisa ter um marco regulatório confiável”, complementa Daoud.