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Daoud: Criação de novo imposto não é saída para volta do auxílio emergencial

Comentarista fala sobre necessidade de ajuda à população e ideia de criação de imposto para cobrir os gastos do governo

O debate sobre a volta ou não do pagamento do auxílio emergencial, interrompido agora em janeiro, promete ser o primeiro mais próximo entre a equipe econômica e os novos comandantes do Congresso. Nesta semana, aumentou a expectativa de um novo anúncio, mas o ministro da Economia Paulo Guedes seria contra a criação de um tributo parecido com a CPMF para bancar a volta do pagamento do auxílio emergencial.

Para o comentarista Miguel Daoud, a criação de um novo tributo é péssima. “Os brasileiros já pagaram R$ 340 bilhões de impostos neste ano, e ainda querem criar  mais tributos?  O Congresso precisa achar uma contrapartida, que seria criar um crédito extraordinário para tirar o dinheiro de algum lugar. Mas não devem fazer isso, e a saída é criar uma PEC Emergencial, de calamidade pública, e liberar esse dinheiro”, disse.

A crítica de Daoud é o fato de o ministro da Economia sinalizar que, com a quebra do teto orçamentário, o Brasil não vai pagar mais as dívidas. “Quem vai emprestar dinheiro pra gente? Estamos pagando R$ 1 bilhão de juros por dia, ou seja, com uma semana de juros, pagaríamos esse auxílio emergencial. Estamos mexendo com vidas, mas preferimos dar garantias para meia dúzia de especuladores”, completa.

Segundo ele, é preciso mostrar aos investidores que  temos habilidade para fazer o Brasil crescer.